terça-feira, 18 de março de 2014

A Superioridade da Mulher.

Gerson Peres
Professor, advogado e político


O dia da mulher passou. A filha juntinha a mãe reclamou, com a solidariedade, materna o esquecimento paterno. Nenhum cartão, nenhuma rosa sequer lhes chegaram às mãos com as letras sentimentais ou o perfume do amor. O silêncio dominou o reclamo com um sorriso afetuoso. Nesse dia, vendia sonhos pelos longínquos municípios. Não as esqueceu. É que o caos em que se encontra a telefonia celular silenciou permanentemente pela deficiente e instabilidade operacionais de suas operadoras. Creio as ter satisfeitas, abraçando-as um dia depois, pensando em alegra-lhes em homenagear, em nome delas, todas as mulheres do mundo, pela superioridade de sua missão exclusiva e sublime para a criação da humanidade. Parte substancial dos homens, na face da terra, ainda em nossos dias, permanecem, pelo machismo intolerante a pensar para tê-las escravizadas, humilhadas, maltratadas. Equivocam-se quando pela fraqueza usam as armas da violência da discriminação e substituem a fortaleza do diálogo pela brutalidade da insensatez e das armas, substituindo o amor que cobre as transgressões pelo ódio que excita contendas como ensina Salomão. Todos os dias são um dia à reflexão, não para sonhar, mas para conquistar a igualdade de direitos entre o homem e a mulher. O diálogo constante é a fonte reparadora e saneadora entre os dois seres que constroem a humanidade. James Allen ensina quando movidos pelo instinto, pela ganância, pela má vontade, pelo egoísmo, pela desonestidade, pela confusão mental eles decaem e fracassam. O maior índice de violência mostra a estatística brasileira, ocorre nos lares, domesticamente. As mulheres são, em grande maioria, as vítimas. Aliás, estudando-se a geografia social do “mapa mundi”, uma parte substancial dele ainda discrimina a mulher, por hábitos e costumes aviltantes. O século que vivemos é o do conhecimento. É preciso crer que, como diz Augusto Cury: “as mulheres são mais fortes, inteligentes, sensíveis, humanas, generosas, altruístas, solidárias, tolerantes, companheiras, fiéis, sensatas do que os homens. Basta dizer que noventa por cento dos crimes violentos são cometidos por homens”. Costumo justificar o dever do respeito às mulheres no ensinamento aos milhares de jovens das escolas do SENAI, conscientizando-os: ou com: o Ai de nós sem as mulheres! Não pensem que me refiro na cama. Não. Ai de nós sem as mulheres, por elas serem nossas mães. Só elas fazem homens na face da terra. Ninguém mais. Retrucam-me os homens. Só faz com os nossos sêmens! Concordo, em parte, mas fiquem sabendo no dia em que todas elas não permitirem o esperma dentro delas homem nenhum nascerá e se elas usarem o aborto, indevidamente, o mundo as abrigará com superioridade, totalmente, na terra. Por essa superioridade natural da mulher, por ser nossas mães, demos-lhes o respeito e o amor em vez da violência com ou sem a morte. Lembrem-se sempre, uma delas é sua mãe. Quem não a ama, peço permissão a Jesus a parodiá-lo: “melhor fosse que nunca tivesse nascido”. Se não foi possível dar à mãe e a filha a palavra e a rosa no dia da mulher, dedico-lhes estas despretensiosas palavras com o perfume das rosas da solidariedade.